sábado, 20 de fevereiro de 2010

Biografia de Dilma Vana Rousseff

A mineira de Uberaba, Dilma Vana Rousseff, ocupou a cadeira de ministra-chefe da Casa Civil desde a demissão de José Dirceu, em 2005, acusado de envolvimento no suposto mensalão pago por dirigentes do PT a parlamentares da base aliada do governo.



Ainda no governo Lula, foi ministra de Minas e Energia de 2003 a junho de 2005. Antes de filiar-se ao Partido dos Trabalhadores, em 2001, Dilma era do PDT. Nas décadas de 1980 e 1990 atuou no governo do Rio Grande do Sul, nas secretárias da Fazenda e de Energia, Minas e Comunicações, e nos governos de Alceu Collares (PDT) e Olívio Dutra (PT).

Na juventude, participou da luta armada contra a ditadura militar. Teve atuações como militante no Polop (Política Operária), no Colina (Comando de Libertação Nacional), e no VAR-Palmares (Vanguarda Armada Revolucionária Palmares). Foi torturada e ficou presa por quase três anos

Aplaudido e solicitado, Dirceu quer Lula para "construção do PT"

BRASÍLIA (Reuters) - Entre uma foto e outra solicitadas por centenas de petistas durante o 4o Congresso Nacional do PT, o deputado cassado e ex-ministro José Dirceu encontra tempo para prever o futuro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e apostar no incremento da representação da legenda no Congresso.

"Quando deixar o governo, Lula terá outras tarefas além de ser ex-presidente da República. Um delas, que vou defender, é participar da construção do PT, do fortalecimento do PT", disse Dirceu a jornalistas durante o encontro deliberativo da legenda na sexta-feira.

Colocado frente a dados que mostram que a votação em Lula tem crescido mais do que a aceitação da legenda pelo eleitor entre 2002 e 2006, Dirceu afirmou que o partido se ressentiu de uma "guerra", em uma menção indireta ao escândalo do mensalão de 2005, do qual foi o principal prejudicado.

"O PT enfrentou uma guerra política de 2005 a 2008, isso tem efeito, mas o PT tem grande oportunidade de ampliar sua base eleitoral para as camadas populares e consolidar a aliança que fez com o pequeno e o médio empresários", afirmou.

A presença do PT na Câmara dos Deputados, principal medida da representação partidária, de acordo com cientistas políticos, passou de 91 parlamentares na eleição de 2002 para 83 em 2006. Para o ex-ministro, o objetivo é levar o PT, dos cerca de 18 por cento que detém na Câmara para algo próximo de 30 por cento.

Com a eleição interna realizada no ano passado, Dirceu passou a ser integrante do novo Diretório Nacional do partido e foi mencionado em discurso de posse do novo presidente da legenda, José Eduardo Dutra, como exemplo de presidência a ser seguida.

Na menção a Dirceu, a plateia de mais de 3 mil militantes aplaudiu vigorosamente, superando as manifestações dadas a outros dirigentes que ocuparam o posto nos 30 anos da legenda completados este mês. O ex-ministro, no entanto, não ocupou o palco, que teve como principal estrela o presidente Lula.

(Reportagem de Carmen Munari)

Ibope: Serra lidera em todos os cenários à Presidência

O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), lidera todos os cenários da corrida à Presidência, indica pesquisa Ibope/Diário do Comércio divulgada nesta semana. De acordo com a sondagem, encomendada pela Associação Comercial de São Paulo, os resultados do tucano, no primeiro turno, variam de 36% a 41% das intenções de voto.


No principal cenário, o tucano tem 36% e a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, 25%. A pesquisa, feita entre os dias 6 e 9, com 2.002 entrevistados, mostra que os candidatos seguem estáveis em relação aos dados de dezembro, com exceção da petista, que cresceu oito pontos. Serra oscilou dois pontos para baixo.


Em terceiro lugar, nessa lista, aparece o deputado Ciro Gomes (PSB-CE), com 11% (em dezembro, eram 13%), seguido da senadora Marina Silva (PV-AC), com 8% (antes, 6%). Votariam em branco ou anulariam o voto 11% e 9% se disseram indecisos ou não responderam. A margem de erro é de dois pontos.


O melhor desempenho de Serra, quando abre 13 pontos de distância em relação a Dilma, é no cenário sem Ciro. Nesse quadro, o tucano aparece com 41% e a petista, com 28%. Marina, em terceiro, teria 10%. Em branco ou nulo somaram 12% e os últimos 9% não souberam ou não quiseram responder.


Para a diretora-executiva de atendimento e planejamento do Ibope, Márcia Cavallari, "os cenários estimulados pela pesquisa mostram que, com a saída de Ciro da disputa, aumenta a probabilidade de a eleição acabar no primeiro turno".


Lula em alta


De acordo com o Ibope, tanto a avaliação do governo quanto a do presidente Lula seguem em alta.


O governo foi considerado ótimo ou bom por 76% dos entrevistados. Para 19%, é regular e outros 5% responderam ruim ou péssimo. O modo de governar de Lula foi aprovado por 84% e rejeitado por 13%.


Para 34% das pessoas ouvidas, o próximo presidente deveria dar "total continuidade ao governo atual". Outros 64% apoiam algum tipo de alteração - 29% querem pouca mudança, 25% querem ver mantidos só alguns programas e 10% esperam mudança total. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.