sexta-feira, 5 de março de 2010

PT diz que mídia faz "guerra de extermínio" ao partido

A Executiva Nacional do PT aprovou ontem em Brasília um documento político em que acusa a mídia e "amplos setores do empresariado" de terem se aliado à oposição para reacender o escândalo do mensalão e promover uma "guerra de extermínio" ao partido.

O texto é assinado pelo presidente do partido, José Eduardo Dutra, e ainda pode ganhar emendas no encontro do Diretório Nacional do PT, que será realizado hoje.

"Faltam projeto e base social à oposição neoliberal, mas ela ainda tem fortes aliados em amplos setores do empresariado, particularmente da mídia, que já começam a criar factoides e falsos escândalos visando enfraquecer nosso projeto", diz o documento petista.

"Os recentes episódios envolvendo denúncias vazias contra dirigentes petistas comprovam que a guerra de extermínio ao PT, deflagrada em 2005, está longe de acabar."

Embora não faça citação direta, petistas disseram à Folha que a menção se refere a acontecimentos recentes: a revelação, feita pela Folha, de que o ex-ministro José Dirceu recebeu ao menos R$ 620 mil de grupo empresarial com interesse na reativação da Telebrás, e reportagens das revistas "Época" e "IstoÉ" sobre investigações do mensalão que citam o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel (PT).

Refere-se, também, a reportagem da Folha que mostrou que o governo não cumpriu o prazo prometido em três de cada quatro principais ações do PAC, gerenciado por Dilma Rousseff (PT).

O encontro de ontem teve também o objetivo de aprovar resolução para tentar enquadrar as seções estaduais do partido que estão rachadas na escolha do candidato ao governo ou ao Senado.

A ideia é impedir a realização de prévias, mesmo que para isso os encontros estaduais tenham de ser adiados.

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