O maior espetáculo do futebol mundial vai recomeçar hoje. O fenômeno que acontece de quatro e quatro anos e para todas as nações, a Copa do Mundo, dará seu pontapé inicial a partir das 11h (de Brasília), no Soccer City, principal estádio de Johanesburgo, capital da África do Sul. Neste horário a bola começa a rolar em partida entre a dona da casa e o México. Um pouco mais cedo acontecerá um evento surpresa de abertura, já que a festa oficial foi realizada nesta quinta-feira.
Desde o dia 15 de maio de 2004, quando a África do Sul derrotou Marrocos por 14 votos a dez e ganhou o direito de sediar a Copa do Mundo, mais de R$ 2 bilhões foram gastos com a organização. Cerca de cinco mil trabalhadores foram usados direta ou indiretamente na preparação de estádios, hotéis e campos de treinamento.
Apesar de uma certa correria nos últimos meses, tudo ficou pronto para o grande dia. “Nós chegamos até aqui com muitas dificuldades, tendo que batalhar cada minutinho desde a escolha da sede até entregarmos tudo devidamente arrumado. Agora é só festa e a certeza de que podemos festejar porque honramos o compromisso de mostrar que a África do Sul pode organizar o maior evento do mundo”, vibrou Danny Jordaan, chefe-executivo do Comitê Organizador da Copa 2010.
Assim como todos os eventos que envolvem grandes potências do mundo, a Copa da África do Sul também convive com o medo da ação de terroristas. Nos últimos meses cresceram informações de que Osama bin Laden, principal acusado pelos atentados de 11 de setembro, nos Estados Unidos, e seu grupo terrorista, a Al Qaeda, estariam planejando alguns ataques.
O principal deles estaria programado para amanhã, quando Inglaterra e Estados Unidos se enfrentarão em Rustenburgo, com arbitragem de Carlos Eugênio Simon. Disposta a impedir esse tipo de ataque, a organização da Copa do Mundo, liderada pela Polícia e pelas Forças Armadas da África do Sul, fez um convênio com a Interpol (polícia internacional). O números de homens que estarão envolvidos na organização do torneio, na segurança de jogos e centro de treinamentos não foi divulgado por questões de logística. Porém as autoridades garantem que não há motivo para desespero.
A Fifa, por sua vez, garante que não está preocupada com o assunto. “A África do Sul deu show de segurança na Copa das Confederações e com certeza isso vai se repetir na Copa do Mundo. Não temos motivos para duvidarmos das palavras dos organizadores”, afirmou o presidente da Fifa, Joseph Blatter.
Mundial pode diminuir as diferenças na África
Com mais de 49 milhões de habitantes a África do Sul se orgulha de reunir diversas etnias e tribos, sendo a Zulu a mais famosa. Porém nem sempre foi assim. Entre os anos de 1948 e 1990 o país viveu a mais vergonhosa organização racista de todos os tempos, o Apartheid, que separava negros e brancos. Os brancos tinham o poder político, definiam os rumos da nação e não conviviam com as outras raças, consideradas inferiores pelos poderosos do país.
Neste cenário surgiu algo de bom, a determinação de um homem que sabia que todas as raças são iguais. Nelson Mandela, o maior líder político do continente africano e um dos maiores do mundo, elevou sua voz contra as diferenças. Foi preso durante 28 anos, entre 1962 e 1990, quando acabou libertado por conta de pressões internacionais.
Era assim o fim do Apartheid em um país onde se fala diversas línguas, como inglês, africâner, xhosa, zulu, sotho, entre outras. Em 1994 o país viveu as primeiras eleições livres depois do regime totalitário. Atualmente a igualdade social ainda está muito longe de acontecer. Os brancos ainda dominam financeiramente o país. Mas agora não podem mais fechar os olhos e fingir que não existem pobres ao redor. A Copa do Mundo chega com a esperança de diminuir essas diferenças.
Desde o dia 15 de maio de 2004, quando a África do Sul derrotou Marrocos por 14 votos a dez e ganhou o direito de sediar a Copa do Mundo, mais de R$ 2 bilhões foram gastos com a organização. Cerca de cinco mil trabalhadores foram usados direta ou indiretamente na preparação de estádios, hotéis e campos de treinamento.
Apesar de uma certa correria nos últimos meses, tudo ficou pronto para o grande dia. “Nós chegamos até aqui com muitas dificuldades, tendo que batalhar cada minutinho desde a escolha da sede até entregarmos tudo devidamente arrumado. Agora é só festa e a certeza de que podemos festejar porque honramos o compromisso de mostrar que a África do Sul pode organizar o maior evento do mundo”, vibrou Danny Jordaan, chefe-executivo do Comitê Organizador da Copa 2010.
Assim como todos os eventos que envolvem grandes potências do mundo, a Copa da África do Sul também convive com o medo da ação de terroristas. Nos últimos meses cresceram informações de que Osama bin Laden, principal acusado pelos atentados de 11 de setembro, nos Estados Unidos, e seu grupo terrorista, a Al Qaeda, estariam planejando alguns ataques.
O principal deles estaria programado para amanhã, quando Inglaterra e Estados Unidos se enfrentarão em Rustenburgo, com arbitragem de Carlos Eugênio Simon. Disposta a impedir esse tipo de ataque, a organização da Copa do Mundo, liderada pela Polícia e pelas Forças Armadas da África do Sul, fez um convênio com a Interpol (polícia internacional). O números de homens que estarão envolvidos na organização do torneio, na segurança de jogos e centro de treinamentos não foi divulgado por questões de logística. Porém as autoridades garantem que não há motivo para desespero.
A Fifa, por sua vez, garante que não está preocupada com o assunto. “A África do Sul deu show de segurança na Copa das Confederações e com certeza isso vai se repetir na Copa do Mundo. Não temos motivos para duvidarmos das palavras dos organizadores”, afirmou o presidente da Fifa, Joseph Blatter.
Mundial pode diminuir as diferenças na África
Com mais de 49 milhões de habitantes a África do Sul se orgulha de reunir diversas etnias e tribos, sendo a Zulu a mais famosa. Porém nem sempre foi assim. Entre os anos de 1948 e 1990 o país viveu a mais vergonhosa organização racista de todos os tempos, o Apartheid, que separava negros e brancos. Os brancos tinham o poder político, definiam os rumos da nação e não conviviam com as outras raças, consideradas inferiores pelos poderosos do país.
Neste cenário surgiu algo de bom, a determinação de um homem que sabia que todas as raças são iguais. Nelson Mandela, o maior líder político do continente africano e um dos maiores do mundo, elevou sua voz contra as diferenças. Foi preso durante 28 anos, entre 1962 e 1990, quando acabou libertado por conta de pressões internacionais.
Era assim o fim do Apartheid em um país onde se fala diversas línguas, como inglês, africâner, xhosa, zulu, sotho, entre outras. Em 1994 o país viveu as primeiras eleições livres depois do regime totalitário. Atualmente a igualdade social ainda está muito longe de acontecer. Os brancos ainda dominam financeiramente o país. Mas agora não podem mais fechar os olhos e fingir que não existem pobres ao redor. A Copa do Mundo chega com a esperança de diminuir essas diferenças.
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